REVITALIZAÇÃO – INFRAESTRUTURA PREDIAL

O primeiro arranha-céu da América Latina, o Edifício Joseph Gire, inaugurado em 1929, vazio desde 2012 e tombado em 2013 pelo Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), iniciou um processo de revitalização que consiste na refuncionalização de sua infraestrutura predial, baseada na diversidade econômica e social de sua área interna, mantendo, ao máximo, inalteradas a arquitetura original do edifício.

O prédio da antiga sede da Rádio Nacional e do jornal A Noite, que deu ao prédio este apelido, iniciou um retrofit no âmbito do Programa REVIVER CENTRO da Cidade do Rio de Janeiro, com mudanças estruturais na torre de 22 andares em frente à Praça Mauá, com vista para o Museu do Amanhã e a Baía da Guanabara.

Depois de sua revitalização, que pode durar quatro anos, a edificação será transformada em um residencial de alta renda. Serão 424 apartamentos entre 30 e 48 m2, 23 unidades duplex no 21º andar, um bar no 22º com lounge aberto ao público e um restaurante público no terraço com vista para a Baía da Guanabara. Os moradores também terão salão de jogos, cinema, spa e academia.

Durante a revitalização, sempre procura-se manter ao máximo a arquitetura original do edifício, não somente na fachada, mas também nos ambientes internos. Muitos dos edifícios antigos já estão obsoletos em relação às atuais normas de construção. A revitalização predial é um processo de renovação e melhoria.

“Eu acho que o retrofit tem que providenciar uma modernização de edifícios antigos, mas não reconstruir um prédio novo por dentro. No entanto, mudanças estruturais podem ser bem-vindas quando há desgaste interno ou, em situações específicas, como no caso de apartamentos enormes que acabam sendo divididos em dois”.

Construções obsoletas que tendem a gerar manutenções de alto custo, ao passarem por um processo de modernização, onde se aplicam novos sistemas de automação, munidos de tecnologias inteligentes e sustentáveis, instalações prediais novas (como hidráulica, esgoto e elétrica), espaços que facilitam a mobilidade de pessoas portadoras de necessidades especiais, novos elevadores, elevação do piso, e muito mais, necessitam de uma GESTÃO PREDIAL com a implementação de um sistema ou metodologia de monitoramento para a regularização dos serviços na edificação.

Neste caso, os Administradores prediais necessitam ter amplo controle de todos os ambientes internos e dos arredores da edificação, de modo a antecipar e identificar alterações e/ou imperfeições, diminuindo o custo da reparação que envolve limpeza, reparos, pintura e outros tratamentos para devolver a aparência e funcionalidade da edificação.

É fundamental que os Administradores dessas edificações busquem por serviços de profissionais habilitados, novos equipamentos coletivos, novas atividades comerciais, mantendo, sempre que possível, as atividades já instaladas, recuperando-as e modernizando-as.

Estes, uma vez capacitados em manutenção predial conseguirão aplicar a metodologia mais adequada, obedecendo as normativas para a segurança das edificações e dos usuários.

*Adm. Carlos Alberto R. M. de Almeida (CRA-RJ 20-26294) é membro da Comissão Especial de Gestão e Administração Profissional de Edificações.

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