O concurso público nacional unificado e a rigorosa verificação dos diplomas

O lançamento do edital para o Concurso Público Nacional Unificado pelo governo federal é uma importante iniciativa para preencher 6.640 vagas em 21 órgãos públicos federais, abrangendo diferentes níveis de escolaridade, do médio ao superior.

O novo modelo de seleção, inspirado no Enem, permite que os participantes concorram a mais de um cargo dentro da área escolhida. As inscrições ocorrerão no período de 19 de janeiro a 9 de fevereiro, e a prova está marcada para o dia 5 de maio. Esse formato visa otimizar recursos, proporcionando tanto à máquina pública quanto aos candidatos uma maior eficiência, já que estes pagarão apenas uma taxa de inscrição para concorrer simultaneamente a vagas em diversos órgãos.

No entanto, é imprescindível destacar o extremo cuidado, a posteriori, que deve haver por parte dos órgãos contratantes, no sentido de promoverem um processo rigoroso de verificação dos documentos apresentados pelos candidatos. Nos últimos dois anos, o CRA-RJ identificou 215 diplomas falsos, evidenciando a necessidade dessa checagem antes da contratação pelas empresas. Esta cuidadosa avaliação é um dever inexorável do CRA-RJ como instituição fiscalizatória e, principalmente, como órgão que busca o desenvolvimento da sociedade em que a profissão está inserida.

Por isso, a ênfase na apresentação do registro profissional nos Conselhos de Fiscalização Profissional e na OAB como garantia de autenticidade dos diplomas e outros documentos de conclusão de cursos é, portanto, um ponto crucial que visa assegurar que os contratados sejam de fato profissionais qualificados, contribuindo para a idoneidade e credibilidade dos concursos públicos.

*Adm. Wagner Siqueira é presidente do Conselho Regional de Administração do Rio de Janeiro e foi o primeiro presidente da FESP — Fundação Escola de Serviço Público (atual Ceperj), que selecionava servidores públicos para os órgãos do governo estadual do Rio de Janeiro.

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