Japeri: Nota de pesar e repúdio
É com profundo pesar e veemente repúdio que expresso meu sentimento diante da recente catástrofe climática que assolou Japeri, no Rio de Janeiro, e outras localidades, no último dia 21 de fevereiro. Como cidadã, não posso deixar de manifestar minha consternação quanto a omissa ação política diante do fato extremo, porém já visto, e neste com precipitação de mais de 168 milímetros de chuva em apenas seis horas, resultando em uma estatística devastadora, com perdas irreparáveis, incluindo a vida de um menor de 2 anos, que deixa sua família e sua irmã gêmea em luto.
Não há consolo possível diante de uma catástrofe anunciada.
É crucial reconhecer que todos, compartilhamos a responsabilidade pelo controle desse tipo de tragédia. Tanto o Poder Público quanto a população são coparticipantes na mitigação dos impactos. As Políticas Públicas Urbanas e Ambientais e o Plano Diretor, aprovado recentemente pelo Município do Rio de Janeiro devem prever ações referentes às chuvas de verão e à garantia de moradia digna com visão na vulnerabilidade das comunidades. A população, ávida por ações concretas dos Governos, se depara apenas com solidariedade às famílias atingidas e anúncios de atuação técnica das três esferas do poder público. A indagação persiste: para quê? O cenário resultante dessa tragédia, amplificado pela geografia peculiar de nosso Estado, demanda atenção permanente, que transcenda razões eleitorais.
Neste momento de luto, expresso meu pesar a todos que perderam seus entes queridos e manifesto meu veemente repúdio pela ausência de ações efetivas prévias que possam aliviar a tristeza que assola nossa Sociedade. Que esta situação sirva como chamado urgente à implementação de medidas concretas e preventivas para resguardar vidas e minimizar os danos causados por eventos climáticos extremos recorrentes nesse período do ano.
Adm. Fátima Ribeiro