Descompasso tecnológico: o contraste entre métodos de pagamento modernos e tradicionais no transporte público do Rio de Janeiro
A política de aceitar apenas pagamento em dinheiro para aquisição de passagens nas bilheterias da Supervia e da CCR Barcas representa uma desconexão com os avanços tecnológicos e com as mudanças nos padrões de pagamento que têm caracterizado o mundo moderno.
Em uma era em que a maioria dos serviços e transações aderiu a soluções digitais, a recusa em oferecer opções de pagamento eletrônico representa uma lacuna significativa no atendimento às necessidades dos usuários.
A limitação exclusiva ao pagamento em dinheiro se mostra especialmente desafiadora em um contexto em que o uso de dinheiro físico está gradualmente cedendo espaço para métodos eletrônicos mais eficientes e seguros, como cartões de crédito, débito ou aplicativos de pagamento móvel.
Hoje, o cidadão usuário ou mesmo um turista que não possuir dinheiro em espécie ou cartão Riocard tem que procurar um caixa eletrônico para sacar o dinheiro para pagar a passagem. Caso contrário, não viaja.
É crucial que empresas de transporte público, como a Supervia e o CCR Barcas, reavaliem suas políticas, processos de gestão e adotem soluções de pagamento modernas e alinhadas com as expectativas dos passageiros do século XXI.
Este é um dos principais gaps da gestão pública brasileira: não acompanhar os avanços da tecnologia mantendo estruturas burocráticas, processos lentos e decisões demoradas. Para superar esses desafios, é essencial haver uma abordagem proativa na promoção de uma cultura de inovação, capacitação dos funcionários, alocação adequada de recursos e até mesmo colaboração com o setor privado para aproveitar as últimas tecnologias disponíveis. A conscientização sobre os benefícios a longo prazo da modernização tecnológica também desempenha um papel crucial na superação desses obstáculos e acompanhamento da evolução da sociedade.