Nota de pesar da Comissão Especial em Administração de Serviços de Saúde – Ana Benevides
Ocorre que infelizmente e com pesar, talvez por condições mercadológicas ou até política, o Rio de Janeiro teve um indicador triste por falta de uma possível gestão atuante e de planejamento, levando a morte de uma jovem de 23 anos por parada cardiorrespiratória.
´Quando exposto a extremos climáticos, como calor, o corpo humano ativa mecanismos fisiológicos compensatórios para se proteger dos efeitos dessa exposição. Esses mecanismos podem afetar o sistema cardiovascular com aumento da CALOR, a frequência cardíaca aumentando os vasos sanguíneos que se expandem para aumentar a circulação cutânea e diminuir a temperatura do corpo por meio do suor. Um dos efeitos secundários indesejáveis é que este processo se intensifique, leve a internação e até a morte – MUDANÇA DO CLIMA PARA PROFISSIONAIS DA SAÚDE – OPAS 2020´. https://www.paho.org/pt/
O que mais aflige é a proibição de entrada no estádio com garrafas/copos de água, um local com 60º durante o show com proibição de ingerir água com uma população de 11 mil fãs e mais de mil desmaiaram pelo calor.
Para demonstrar talvez a falta de uma gestão compartilhada, no dia 18/11/23 quando os fãs entraram no estádio e foram avisados que o show havia sido cancelado pelo calor. Parabéns… Depois de uma morte! Mas não foi previsto mais uma vez a revolta em massa que poderia acontecer. Realmente a falta de compromisso com a saúde, segurança é visível não só em situações como essa. É um cenário preocupante em todos os serviços onde as autoridades devem estar pelo menos coesas de forma a manter a segurança física e o bem-estar num momento de lazer. Decisões foram tomadas após o triste fato ter acontecido! Não se trata de procurar culpados, mas sim de atentar para providências e estudos para eventos como esse, que necessita de divisão de responsabilidades.
