Prisioneiros das Individualidades
Desloca as pessoas para guetos autossuficientes, em que se sobrepõem às superficialidades, simplismos, boatos, fake-news e mistificações. Cada um fixa a sua posição à espera de aplausos, de mais curtidas e de seguidores.
Perde-se a motivação e se estabelece a indisposição para interagir com os diferentes. A política sangra e se esvai. As relações humanas entre amigos e familiares também. Viramos prisioneiros de nossas próprias individualidades.
Nunca teve tanta razão Nelson Rodrigues: “as pessoas podem viver sem amor, mas jamais conseguem viver sem ódios. O ser humano é mais fiel ao ódio do que ao amor”.
Este é o espírito de nossa época: prisioneiros das individualidades, quase não damos atenção ao próximo. Nas empresas, nunca se falou tanto em trabalho em equipe, mas nunca também se valorizou tanto efetivamente o trabalho individual. O colega não é mais meu aliado e parceiro, é meu competidor e concorrente.