Desperdício de recursos públicos: o pregão eletrônico de passagens aéreas no governo do Estado do Rio de Janeiro
No próximo dia 14 de dezembro, o governo do Estado do Rio de Janeiro realizará um pregão eletrônico para a contratação de agenciamento de viagens. Essa prática, apesar de comum no cenário das compras públicas, revela uma lacuna preocupante na gestão de recursos, ignorando uma alternativa que poderia trazer significativa economicidade aos cofres públicos fluminenses.
A imposição da contratação de agências de viagens através de licitações, como proposto pelo governo estadual, constitui-se em um entrave à eficiência e à economia. O Rio de Janeiro, ao invés de considerar um edital de credenciamento direto com as empresas aéreas, opta por um processo que não apenas consome tempo e recursos, mas também eleva desnecessariamente os custos das passagens aéreas.
Ao ignorar a possibilidade de estabelecer parcerias diretas com as companhias aéreas, o governo fluminense perpetua uma prática ultrapassada que, em última instância, prejudica a população ao comprometer recursos que poderiam ser destinados a áreas prioritárias, como saúde, educação e infraestrutura.
Um edital de credenciamento de empresas aéreas proporcionaria não apenas uma negociação mais direta e transparente, mas também permitiria ao governo do Rio de Janeiro aproveitar tarifas mais competitivas. A busca por ofertas e promoções diretas junto às companhias aéreas poderia resultar em uma significativa redução nos gastos públicos, algo que o atual modelo de licitação para agências de viagens não proporciona.
Diante deste cenário, é crucial que o governo estadual reavalie suas práticas de aquisição de passagens aéreas. A transição para um modelo mais eficiente, como o edital de credenciamento de empresas aéreas, não apenas atenderia aos princípios da economicidade e agilidade, mas também enviaria um sinal claro à sociedade de que o Estado está comprometido em otimizar o uso responsável dos recursos públicos.