A culpa dos desastres climáticos – a interação entre os seres humanos e a natureza
Vemos todos os dias as pessoas em seus locais de trabalhos, nas redes sociais e demais mídias, apontando possíveis causas para o desastre natural que ocorreu no Estado do Rio Grande do Sul. Dizem: os diques são insuficientes e foram mal projetados, não há limpeza de escoadouros de águas pluviais, as pessoas jogam lixo nas águas e nas ruas, entre outras justificativas. A verdade é que, seja como for, sempre estará o ser humano na construção da má interação com a natureza.
Sabemos há bastante tempo que o relacionamento da humanidade com a natureza está cada vez pior. O ser humano polui, mata, extingue sem pensar nas consequências. Chega uma hora que a natureza cobra pelos maus-tratos e com veemência e destruição. A relação do “bate e leva” existe. Chega a hora que sua força se rebela e não há o que impeça um grande desastre.
É certo que os homens com seu intelecto e tecnologia podem melhorar esse convívio, mas nem sempre isso acontece.
Todos os dias temos exemplos de questões climáticas no Brasil e no mundo. O verão com temperaturas mais altas, chegando a quase 60 graus, o inverso fora de época em muitas regiões de forma exacerbada, as geleiras que derretem e criam mais águas nos oceanos, são muitas evidências em todo mundo. Certamente, todos esses fenômenos não ocorrem por acaso, há a mão humana por trás das mazelas da natureza, por meio da poluição da água, do ar das terras, da falta de respeito com a flora e a fauna, da busca do lucro desenfreado sem precedentes.
É hora do ser humano se conscientizar e trabalhar para a sustentabilidade, pois corremos o risco de não conseguir reverter os problemas ambientais que impactam, sobremaneira, nossas vidas.
Devemos começar pela educação, introduzindo conteúdos que promovam uma visão mais sustentável das cidades, dos estados, dos países, do planeta. Por meio da educação, desde a escola básica até o ensino superior, é preciso ensinar e praticar a sustentabilidade.
Não há mais tempo de se deixar para amanhã. O futuro é hoje. Precisamos viver em melhor convívio com a natureza, com risco de não conseguirmos reverter os problemas para dar continuidade às próximas gerações e, até mesmo, à manutenção da vida na Terra.